A Unipar, empresa líder na produção de cloro e soda e uma das maiores na produção de PVC na América do Sul deve construir uma nova planta no Nordeste do país de acordo com a direção do empreendimento. O novo equipamento deve ter capacidade instalada de cerca de 10 mil toneladas/ano de cloro. A fábrica será construída no Polo Petroquímico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), para atender à demanda crescente da região por ácido clorídrico, hipoclorito de sódio e soda cáustica.
O investimento de cerca de R? 140 milhões é o primeiro projeto 'greenfield' da estratégia de expansão geográfica da Unipar, cujo objetivo é crescer de forma sustentável através de novas unidades produtivas em regiões onde há expectativa de maior avanço do saneamento básico nos próximos anos. O novo Marco do Saneamento, sancionado em 2020, visa a universalizar os serviços de saneamento básico até 2033 e com isso melhorar os índices como os que indicam que aproximadamente 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e 100 milhões são desabastecidos pelo serviço de coleta de esgoto.
“Por meio deste investimento, a Unipar dará mais um importante passo na sua estratégia de crescimento sustentável. Seguimos buscando oportunidades de crescimento em três verticais: expansão no negócio core (cloro e derivados, soda cáustica e PVC) no Brasil e outras regiões; ampliacão em negócios adjacentes ao core, e entrada em novos negócios na química básica e petroquímica, historicamente no DNA da Unipar”, afirma Mauricio Russomanno, CEO da Unipar.
Ainda de acordo com a gestão da empresa, a nova fábrica foi projetada com uma das mais seguras, modernas e ecoeficientes tecnologias de produção de cloro, o que permitirá a otimização do consumo de energia e dos demais recursos. A previsão é de que as obras tenham início no segundo semestre deste ano e sejam finalizadas em até 24 meses.
Após a conclusão da implantação do projeto, a Unipar passará a contar com quatro unidades produtivas, uma na Argentina e três no Brasil, sendo duas em São Paulo e a nova na Bahia, que complementa a atuação da companhia no Estado, onde já está presente com a operação de geração de energia eólica como autoprodutora.
Em parceria com a AES Brasil, a Unipar está em fase avançada de construção do Campo Eólico de Tucano -- na Bahia, projeto anunciado em novembro de 2019 no qual, a companhia tem participação em 25 aerogeradores com potência de 60 megawatts, do total de 155 MW de capacidade instalada. A previsão é de que o Campo Eólico Tucano esteja em operação em 2023 e gere cerca de mil novos postos de trabalho.
Com o mesmo parceiro, a Unipar está construindo o Complexo Eólico Cajuína -- no Rio Grande do Norte, projeto anunciado em dezembro de 2021 com a capacidade instalada de 91 megawatts, dos quais 40 serão repassados para a companhia por meio de seus 16 aerogeradores.
Já em Minas Gerais, a parceria é com a Atlas Renewable Energy e foi anunciada em julho de 2021 com previsão de operação ainda neste ano. O projeto Lar do Sol -- Casablanca II visa fomentar 1.200 empregos na região e terá capacidade instalada de 239 megawatts, sendo 49 MW da Unipar.
No total, esses projetos terão capacidade instalada de 485 megawatts, sendo 149 MW direcionados para o consumo das unidades fabris localizadas no Brasil. Essas iniciativas vão melhorar a pegada de carbono da companhia e reduzir em pelo menos 15% a emissão de gases do efeito estufa até 2024.
“Nosso objetivo, com esses projetos, é assegurar o acesso à energia no longo prazo, ser mais competitivo no custo de energia e reduzir a pegada de carbono, uma vez que o insumo corresponde a mais de 50% dos custos de produção de cloro/soda. Seguimos com nossa estratégia de ampliar a autoprodução de energia, a partir de fontes renováveis, em sintonia com as nossas diretrizes de sustentabilidade”, conclui Mauricio Russomanno, CEO da Unipar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário