Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirma que retorno do horário de verão é uma "possibilidade real"
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta terça-feira (2), durante uma coletiva de imprensa, que o retorno do horário de verão é uma “possibilidade real”, mas também informou que a decisão só deve ser tomada em definitivo se o cenário de seca no Brasil não melhorar até novembro.

 

“O horário de verão é uma possibilidade real, mas a decisão não está tomada; me reuni com as empresas aéreas, se o quadro não melhorar nos próximos dias, a possibilidade do horário de verão pode se tornar uma realidade muito premente”, afirmou o ministro durante a coletiva de imprensa.

 

Conforme a CNN Brasil, dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam que o volume hídrico atual é o menor desde que as previsões começaram a ser registradas, em 1950.


HISTÓRICO DO HORÁRIO DE VERÃO

As discussões sobre uma possível reimplementação do horário de verão começaram no início de setembro, quando o governo passou a avaliar alternativas para economizar energia diante da estiagem. 

 

“O horário de verão é muito transversal e a decisão tem que ser tomada com muita responsabilidade. Mesmo com sinalização positiva da ONS, para a possibilidade de uma possível volta dessa política pública”, afirmou o ministro.

 

O horário de verão foi criado por Getúlio Vargas, ainda em 1931, mas só passou a ser adotado constantemente durante a ditadura militar. Em 2019, durante o governo Bolsonaro, o horário de verão foi extinto. Na época, o Executivo alegou que a economia de energia era baixa e não justificava a adoção da medida.

 

A estratégia de retornar com a prática é encarada pelo atual governo como uma forma de deslocar o pico de consumo para um horário com maior geração solar, reduzindo a necessidade de acionar usinas termelétricas, mais caras e poluentes, para atender à demanda.

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