Com impasse sobre subsídio na CMS, prefeitura decide nesta quarta sobre aumento de tarifa
por Vitor Castro
O plano dos vereadores da base do prefeito Bruno Reis (União) em votar na sessão desta terça-feira (31) o subsídio do transporte municipal foi por água abaixo. Diante deste cenário, o gestor deve se reunir nesta quarta-feira (1) com o secretário de Mobilidade Urbana, Fabrízzio Muller, para, em um encontro técnico, 'fechar a questão' sobre o aumento da tarifa. Com o imbróglio, vereadores da oposição ligados ao Sindicato dos Rodoviários cobram mudanças no texto para que seja aprovado na Casa. Já o presidente Geraldo Jr. (MDB), deixou claro que "quem coloca projeto em pauta" é ele e não a base do prefeito.
O texto atual propõe que a gestão subsidie 10 centavos do valor da tarifa até o final do ano. Já outro aporte no sistema seria o valor de 50 até o final do mês de maio, pago em caráter retroativo. No entanto a oposição considera que a proposta é superficial (veja aqui). Ao Bahia Notícias o secretário de mobilidade, Fabrízzio Muller disse que "amanhã [nesta quarta] teremos uma reunião técnica para fechar essa questão".
Ao Bahia Notícias, o vereador Tiago Ferreira esclareceu as mudanças que considera necessárias no texto. “Continuamos no mesmo pensamento de que o texto precisa ampliar. Nós não queremos discutir subsídio só para o setor empresarial. Temos um problema dos trabalhadores. O sistema de transporte envolve empresa, trabalhadores e a população, então qual benefício traz para população um subsídio que só resolve o momento e para o setor empresarial?”, indagou.
Outro ponto defendido pela oposição é de que a prefeitura também subsidie a passagem para alunos da rede pública de ensino. “Acreditamos que a prefeitura pode até dar o subsídio, mas que esse subsídio também contemple a população. O que vem de retorno pra população? Como se dará a aplicação desses recursos no setor precisa ter um retorno? Portanto, nós queremos discutir a gratuidade do transporte público para aluno de escola pública, municipal e estadual. Queremos fazer um debate mais amplo, fazer uma um debate com a sociedade para que isso se se torne benefício para a população e para os trabalhadores e não apenas para o setor empresarial”, considerou Tiago Ferreira, vereador vinculado ao sindicato dos rodoviários.
O desejo da base de Bruno Reis era tentar pautar a votação do projeto de lei que versa sobre um subsídio para o transporte público municipal na sessão desta terça (veja aqui). Mas o plano falhou. Perguntando sobre o porquê do assunto não ser colocado na ordem do dia, o presidente da Casa, vereador Geraldo Jr., foi direto. “Quem pauta as votações nesta Casa é o presidente. E pauta as votações nesta Casa não observando critérios de subjetividade. O que eu pauto é pensando na cidade. Nem a bancada de governo nem a bancada de oposição nem partido independente pautam projetos nesta Casa. Quem pauta nesta Casa é o presidente. Essa é a melhor resposta que eu posso dar”, afirmou.
O vice-líder do governo na Câmara, vereador Kiki Bispo (União), espera que o diálogo prevaleça para que a o projeto passe. “Sinto falta da reunião do colégio de líderes que acho que é o ambiente mais apropriado pra se discutir as pautas mais urgentes das cidade. Agora vamos torcer que o prefeito Bruno Reis venha de Brasília com boas notícias e que a Câmara tenha responsabilidade com a cidade”, considerou.
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